É ridículo pensar que este álbum acabou, de forma indireta, com a carreira do Stryper, sendo mais uma das zilhões de provas que fanatismo, seja na religião ou em qualquer outra área, não leva ninguém a lugar nenhum, apenas à ignorância. Mas como aui não é a Combe do Padre Marcelo Rossi ou do Irmão Lázaro, vamos ao que interessa.
Se o auge do Stryper veio com "To Hell With The Devil" (1986) e a manutenção do mesmo veio com "In God We Trust" (1988), o declínio de tudo veio com "Against The Law". Lançado em agosto de 1990, o disco foi resultado de um retiro realizado pelos integrantes no estúdio do baterista Robert Sweet que durou mais de 6 meses.
O motivo de tanto alvoroço relacionado ao lançamento é que o Stryper havia se repaginado completamente. As letras não faziam mais referências sobre Deus ou a vida cristã, apenas falavam de situações corriqueiras como relacionamentos e a rotina musical/na estrada; o som havia ficado um pouco mais pesado do que nos últimos álbuns (ainda era Hard Rock de primeira, mas flertando com o Heavy, deixando de vez o Pop e se assemelhando um pouco com o começo da carreira); a logo da banda havia sido modificada e a referência para a passagem bíblica de Isaías 53:5 (de onde veio o nome do grupo) foi removida; e as famosas roupas pretas e amarelas de lycra foram trocadas por roupas "normais". Seguem algumas declarações dos irmãos Sweet sobre a época:
"Nós estivemos fazendo uma captura pela liberdade musical" (Robert Sweet)
"Mas nós nunca podíamos ter deixado isso ser mal interpretado como uma mudança em nossa fé. Nossa música vem do coração. Nós, não sentamos e dizemos, ‘Bem, isto vai soar legal no rádio, vamos escrevê-la desse jeito’. Jamais. Sucessos são ótimos, mas a coisa mais importante para nós é sermos honestos com nós mesmos e para com nossos fãs, e escrever a música a qual nos foi dada a habilidade para fazer. Nós somos soldados sob o comando de Deus". (Michael Sweet)
Se o auge do Stryper veio com "To Hell With The Devil" (1986) e a manutenção do mesmo veio com "In God We Trust" (1988), o declínio de tudo veio com "Against The Law". Lançado em agosto de 1990, o disco foi resultado de um retiro realizado pelos integrantes no estúdio do baterista Robert Sweet que durou mais de 6 meses.
O motivo de tanto alvoroço relacionado ao lançamento é que o Stryper havia se repaginado completamente. As letras não faziam mais referências sobre Deus ou a vida cristã, apenas falavam de situações corriqueiras como relacionamentos e a rotina musical/na estrada; o som havia ficado um pouco mais pesado do que nos últimos álbuns (ainda era Hard Rock de primeira, mas flertando com o Heavy, deixando de vez o Pop e se assemelhando um pouco com o começo da carreira); a logo da banda havia sido modificada e a referência para a passagem bíblica de Isaías 53:5 (de onde veio o nome do grupo) foi removida; e as famosas roupas pretas e amarelas de lycra foram trocadas por roupas "normais". Seguem algumas declarações dos irmãos Sweet sobre a época:
"Nós estivemos fazendo uma captura pela liberdade musical" (Robert Sweet)
"Mas nós nunca podíamos ter deixado isso ser mal interpretado como uma mudança em nossa fé. Nossa música vem do coração. Nós, não sentamos e dizemos, ‘Bem, isto vai soar legal no rádio, vamos escrevê-la desse jeito’. Jamais. Sucessos são ótimos, mas a coisa mais importante para nós é sermos honestos com nós mesmos e para com nossos fãs, e escrever a música a qual nos foi dada a habilidade para fazer. Nós somos soldados sob o comando de Deus". (Michael Sweet)
Mas não é a toa que "Against The Law" é considerado o melhor trabalho do Stryper por muitos fãs e críticos (até por mim) pois, apesar de todas as controvérsias, é um álbum fabuloso, esplendoroso, fantástico, entre outros adjetivos positivos. As composições estão consistentes e poderosas, com riffs magníficos de Oz Fox, andamentos excelentes conduzidos por Tim Gaines e Robert Sweet e um trabalho vocal impressionante de Michael Sweet, que mostrou ser uma das vozes mais potentes do Rock aqui, superando até seu próprio passado sem a menor sombra de dúvidas.
Os refrães estão grudentos, os solos estão poderosos, as letras estão bem feitas e o clima do álbum alterna entre músicas calmas como "Lady" e "All For One" e músicas rápidas como "Rock The Hell Out Of You" e "Not That Kind Of Guy", mas sem perder a essência Hard Rock e com várias passagens do gênero como "Two Time Woman", "Shining Star" e "Against The Law", todas com uma farofa deliciosa. (risos)
Todos os integrantes conseguem se destacar de forma magistral por aqui e soar como uma verdadeira banda de Rock n' Roll, em uníssono mas com momentos para cada um. A guitarra de Fox encontra seus melhores dias com riffs como de "Ordinary Man" e solos como o de "Two Bodies", o baixo de Gaines e a bateria de Robert se mostram incríveis principalmente en canções como "Rock The Hell Out Of You" e "Caught In The Middle" e a voz de Michael, por mais que se destaque em todas as faixas, ultrapassa as barreiras do imaginável em "Not That Kind Of Guy" e "Two Bodies".
Uma pena que a recepção tenha sido ruim. De todos os álbuns da primeira fase do grupo (entre 1983 e 1992), "Against The Law" foi o que teve piores vendas. Apesar de chegar à 39ª colocação nas paradas americanas e ter lançado minor-hits como a balada "Lady" e o cover "Shining Star", de Earth Wind & Fire, o álbum não chegou a conquistar nem disco de ouro, sendo que todos seus antecessores full-length receberam alguma certificação, seja ouro ou platina.
O Stryper acabou se separando em 1992 pouco após a saída de Michael Sweet, por conta das clássicas "diferenças musicais", durante uma turnê. Oz Fox até tentou segurar as pontas nos vocais principais e chegaram a anunciar Dale Thompson (vocalista do Bride) como substituto, mas este negou e de nada adiantou seguir com os vocais de Fox, pois os integrantes tomaram seu rumo ao fim da excursão.
As divergências acabaram se acumulando após o álbum falhar comercialmente e acredito eu que, se as letras seguissem os padrões encontrados em plays como "Soldiers Under Command", com certeza "Against The Law" seria considerado, por unanimidade, o disco definitivo da carreira do Stryper.
Mesmo com os problemas ocorridos na época, vale ressaltar, que "Against The Law" é um puta disco que merece estar na coleção de qualquer fã de Rock n' Roll. Download obrigatório!
Os refrães estão grudentos, os solos estão poderosos, as letras estão bem feitas e o clima do álbum alterna entre músicas calmas como "Lady" e "All For One" e músicas rápidas como "Rock The Hell Out Of You" e "Not That Kind Of Guy", mas sem perder a essência Hard Rock e com várias passagens do gênero como "Two Time Woman", "Shining Star" e "Against The Law", todas com uma farofa deliciosa. (risos)
Todos os integrantes conseguem se destacar de forma magistral por aqui e soar como uma verdadeira banda de Rock n' Roll, em uníssono mas com momentos para cada um. A guitarra de Fox encontra seus melhores dias com riffs como de "Ordinary Man" e solos como o de "Two Bodies", o baixo de Gaines e a bateria de Robert se mostram incríveis principalmente en canções como "Rock The Hell Out Of You" e "Caught In The Middle" e a voz de Michael, por mais que se destaque em todas as faixas, ultrapassa as barreiras do imaginável em "Not That Kind Of Guy" e "Two Bodies".
Uma pena que a recepção tenha sido ruim. De todos os álbuns da primeira fase do grupo (entre 1983 e 1992), "Against The Law" foi o que teve piores vendas. Apesar de chegar à 39ª colocação nas paradas americanas e ter lançado minor-hits como a balada "Lady" e o cover "Shining Star", de Earth Wind & Fire, o álbum não chegou a conquistar nem disco de ouro, sendo que todos seus antecessores full-length receberam alguma certificação, seja ouro ou platina.
O Stryper acabou se separando em 1992 pouco após a saída de Michael Sweet, por conta das clássicas "diferenças musicais", durante uma turnê. Oz Fox até tentou segurar as pontas nos vocais principais e chegaram a anunciar Dale Thompson (vocalista do Bride) como substituto, mas este negou e de nada adiantou seguir com os vocais de Fox, pois os integrantes tomaram seu rumo ao fim da excursão.
As divergências acabaram se acumulando após o álbum falhar comercialmente e acredito eu que, se as letras seguissem os padrões encontrados em plays como "Soldiers Under Command", com certeza "Against The Law" seria considerado, por unanimidade, o disco definitivo da carreira do Stryper.
Mesmo com os problemas ocorridos na época, vale ressaltar, que "Against The Law" é um puta disco que merece estar na coleção de qualquer fã de Rock n' Roll. Download obrigatório!
01. Against The Law
02. Two Time Woman
03. Rock The People
04. Two Bodies (One Mind, One Soul)
05. Not That Kind Of Guy
06. Shining Star
07. Ordinary Man
08. Lady
09. Caught In The Middle
10. All For One
11. Rock The Hell Out Of You
Michael Sweet - vocal, guitarra
Oz Fox - guitarra, backing vocals
Tim Gaines - baixo, backing vocals
Robert Sweet - bateria, backing vocals
Músicos adicionais:
Randy "The Emperor" Jackson - baixo em 6
John Purcell - teclados
Jeff Scott Soto - backing vocals
Brent Jeffers - bateria adicional, teclados
Tom Werman - percussão
by Silver
Esse post contém JSS!!! Ele fez backing vocals nesse álbum.
RépondreSupprimerAVISO: ESSE POST CONTÉM JSS
RépondreSupprimerQuando Gene Simmons disse que comeu 4 mil mulheres, ele se inspirou em JSS e sua trajetória musical.
Mas não com mulheres e sim com gravações. Até em Stryper já deu palinha... :P
Definitivamente, o melhor álbum do Stryper, muito superior inclusive ao mítico "To hell..." (podem me xingar, mas é verdade) e referência para qualquer banda Hard/Heavy. Mas, como vc disse, o fanatismo fez com que o disco tivesse vendas mais baixas pois quem adquiriu a bolachinha foram os novos fãs da banda e não os ditos "fãs". Por isso, discordo quanto o fator do "fracasso" deste álbum tenha sido as letras e sim a capa e o título. Muitos desses fanáticos citados são do tipo que "lêem o livro pela capa". Talvez se a citação de Isaias e o logo original fossem mantidos e o título fosse "All for one" o álbum estouraria em dupla platina.
RépondreSupprimerUm dos melhores posts até agora. Valeu!
Al Bass Player
Curitiba
Como sou "do ramo" sei bem como funciona isso e sei como é esse lance de quando um artista cristão faz um trabalho quem nem sempre expressa sua fé; uma grande maioria não entende.
RépondreSupprimerAconteceu muito com músicos cristão americanos, tipo Michael W. Smith e Amy Grant, que são realmente cristão, mas gravam coisas que falam de amor, política e nem sempre relacionada a Deus.
Geral não entende muito bem. Não compreende que isso também é um trabalho e que também as pessoas tem direito a se expressarem de outras formas. Deus certamente entende, mas eles não e se entendessem um pouquinho melhor a Bíblia, não julgariam, pois esse é um dos ensinamentos.
Enfim, o Stryper e Whitecross são, na minha opinião, as melhores expressões deste seguimento. Som de qualidade independente da letra.
Agora, Combe do Padre Marcelo ou do irmão Lázaro foi ótimo! heheheheh
Valeu!
os travecões da igreja!
RépondreSupprimerMais um ótimo post. Este album do Stryper é sensacional, foi feito para quem realmente merece, os verdadeiros fãs da banda. Idiotas fanáticos não merecem este trabalho. Idiotas fanáticos só merecem os cds com as músicas do JR Soares.
RépondreSupprimerRealmente se trata de um dos melhores álbuns do início da década de 90! A performance dos músicos está irretocável. Se houve má repercussão quanto ao conteúdo lírico, que não é de modo algum contrário à essência da banda, por sinal, imagino que é o mesmo tipo de reação que uma banda como o Slayer despertaria se lançasse um cd com letras reflexivas embora ainda carregadas de violência,hehe! JSS no disco? Caramba, não sabia disso, com certeza contribuiu para a qualidade final do material, no final das contas.
RépondreSupprimerGrande disco de uma grande banda
RépondreSupprimeradoro stryper